terça-feira, 12 de agosto de 2014

Hoje...

"Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer, antes que o
relógio marque meia noite.

E minha função era escolher que tipo de dia iria ter hoje.

Posso reclamar porque está chovendo ou agradecer as águas por
lavarem a poluição.

Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para
administrar minhas finanças, evitando o desperdício.

Posso reclamar sobre minha saúde ou dar graças por estar vivo.

Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu
queria ou posso ser grato por ter nascido. 

Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho.

Posso sentir tédio com o trabalho domestico ou agradecer a Deus por
ter um teto para morar.

Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar com a
possibilidade de fazer novas amizades.

Se as coisas não saíram como planejei, posso ficar feliz por ter
hoje para recomeçar.

O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser.

E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma.

Tudo depende só de mim." 


(Charles Chaplin)

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Doação de prótese...

Queridos (as),

Depois de um tempinho sem postar nada, eis que estou de volta, mas agora para fazer um pedido. Estou aqui hoje, para pedir uma PRÓTESE.

Pode ser usada ou nova, isso não importa, o que importa é que necessito dessa prótese e no momento não tenho condições financeiras para comprar.

Estou na fila do SUS e do INSS, aguardando a boa vontade deles. O SUS já me informou que este ano irão somente atender aos pedidos de 2012 e o INSS que "provavelmente" irão abrir uma nova licitação em agosto ou setembro ainda deste ano (tudo muito vago).

E com isso vou aguardando e aguardando, com muita vontade de voltar a trabalhar, mas sem uma prótese não dá!

Pensei muito antes de fazer esse pedido no blog, mas depois de tanto refletir, percebi que não há nada de errado em humildemente "pedir", pois sei que há muita gente abastada neste mundo de Deus e também de pessoas que talvez tenha uma prótese em casa em boas condições e que não usa mais e talvez nem saiba o que fazer com ela.

Bem, toda minha história está aqui no blog, mas sofri um acidente de moto em 2012, fiquei por um ano em tratamento tentando salvar a perna e no ano passado veio a amputação. Minha amputação é transfemural transcondiliana, ou seja, acima do joelho.

É claro que o "encaixe" eu terei que fazer, mas liner, joelho, pé... (Justamente os mais caros), é o que preciso para a prótese. Pode ser joelho mecânico, embora saiba que irá  exigir bem mais esforço, não há problema, estou em boa forma física e força de vontade para voltar a andar é o que mais tenho no momento.

Desde já agradeço pela atenção e carinho de sempre.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Amputações...

Amputações, próteses e reabilitação.
A tecnologia atual proporciona vida normal e agitada para todos.

Após a triste experiência da perda de um membro, a qual pode ter sido causada por diferentes fatores, tais como, doenças vasculares e neuropáticas, acidentes traumáticos, processos infecciosos, tumores, mal formações das extremidades e também por iatrogênias, encontramos, muitas vezes, seres humanos abalados psicologicamente, porém dispostos a superar mais um obstáculo imposto pela própria vida. 

Quando a amputação é colocada como uma solução terapêutica para que o indivíduo possa retomar suas atividades habituais, sua aceitação se torna mais fácil. A amputação não deve estar relacionada à derrota, à dependência, à limitação física ou à incapacidade, portanto os amputados jamais devem ser vistos ou tratados como tais. 

A curiosidade e o interesse alheio em saber o que aconteceu com esses indivíduos resultam em olhares pouco discretos, motivo este, que gera desconforto aos pacientes. Este fato deveria ser tratado com naturalidade pelos usuários, já que não se trata de uma atitude preconceituosa e discriminatória da população e sim falta de informações sobre este assunto.

Vocês sabiam que há alguns séculos, as amputações eram realizadas com guilhotinas em campos de batalha, os amputados eram considerados como pessoas inválidas, as próteses eram esculpidas em madeira por artesãos e que não existiam programas de reabilitação física? 

Atualmente tudo mudou. Cirurgiões especializados realizam procedimentos que resultam em cotos de amputação adequados e funcionais. Os amputados, independentemente do nível de amputação e faixa etária, podem ser vistos reintegrados à sociedade com ou sem próteses.

O período entre a amputação e a primeira protetização anteriormente poderia durar anos, hoje isso ocorre em apenas 06 semanas. Os programas de reabilitação, realizados por uma equipe multidisciplinar, possibilitam um retorno precoce as atividades de vida diária. 

É sabido também que o sucesso no trabalho de reabilitação está diretamente relacionado a uma tríade: bons pacientes, boas próteses e bons programas de reabilitação. Consideramos bons pacientes, aqueles interessados com o processo, colaborativos e otimistas. 

As boas próteses são aquelas que atendem aos anseios de seus usuários. Certamente a prótese utilizada pelo amputado Marlon Shirley, recordista mundial dos 100 metros rasos com o tempo de 10,97 segundos, não deveria ser indicada para pacientes com um nível de atividade mais baixa. 

Quanto ao processo de reabilitação, deve ser iniciado o quanto antes, ou seja, antes da própria amputação em casos de procedimentos eletivos ou logo no primeiro dia de pós-operatório nas demais situações. Este processo se fará em todas as fases: hospitalar e ambulatorial, até que o paciente esteja totalmente adaptado com sua prótese.

Torna-se cada vez mais comum a presença de pacientes que utilizam próteses modernas com componentes de última geração. Quantas vezes já paramos para observar amputados correndo em parques ou calçadões? Vale a pena ressaltar que a prática esportiva desenvolvida pelos amputados, não só traz benefícios para a reabilitação física, social e psicológica do indivíduo, mas também possibilita a reintegração e reinclusão social. 

O número de portadores de amputações adeptos ao esporte tem crescido consideravelmente. Hoje, há atletas profissionais que iniciaram a vida esportiva após a própria amputação e protetização. Este fato é uma prova de aceitação e superação de uma grande perda. 


ESCRITO POR:José de Carvalho
Fisioterapia e reabilitação de amputados
ESPECIALISTA MINHA VIDA

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Prótese

Escolha de prótese varia conforme atividade física e hábitos do paciente.

Não adianta levar em conta apenas o preço, muitas vezes o barato sai caro

Os amputados e seus familiares geralmente não apresentam conhecimento sobre as próteses e todo o processo que deveria acontecer durante o período de reabilitação, principalmente quando se trata de um caso novo na família.

Antes mesmo de se colocar uma prótese, é importante orientar o portador de amputação sobre os cuidados que devem ser tomados com a ferida cirúrgica, qual o melhor posicionamento para o membro amputado permanecer, qual a técnica correta do enfaixamento e seu tempo de uso, como estimular a contração da musculatura remanescente do coto de amputação, como utilizar os auxiliares de marcha e também como decidir pelo tipo de prótese a ser utilizada.

A escolha de uma prótese não deve ser realizada como a escolha de um automóvel, ou seja, optar pelo mais bonito ou pelo mais barato. Vale a pena lembrá-los que a prótese deve atender aos objetivos individuais de cada amputado.

Portanto, uma avaliação deve ser realizada tanto para análise clínica do paciente quanto para se determinar quais são os objetivos pessoais com a protetização, quais tipos de atividades pretendem ser realizadas, se há utilização de escadas e rampas com freqüência, se há necessidade de uso em ambientes úmidos, se o amputado realiza práticas desportivas, dentre muitas outras perguntas pertinentes. 

Em um mundo tão globalizado e com inúmeras opções de componentes para se confeccionar uma prótese, cabe ao especialista determinar o que é mais indicado para cada individuo e ao paciente questioná-lo sobre tal escolha. 

Infelizmente a necessidade de muitos profissionais em vender uma determinada prótese extrapola a ética profissional e acaba com toda a esperança de uma plena reabilitação de um paciente já fragilizado. 

Uma boa prótese deverá ser composta por componentes específicos para cada tipo de paciente e não por aqueles componentes estocados nas prateleiras das ortopedias; o conhecimento técnico para ajustes e regulagens dos pés e joelhos deve ser feito com propriedade, pois interfere diretamente na estabilidade e controle da prótese durante sua utilização.

Já não é mais surpresa recebermos pacientes protetizados com boas próteses, porém com componentes mal regulados para o peso e para as atividades exercidas. Também tornou-se rotineiro avaliarmos soquetes (componente que envolve o coto de amputação) mal adaptados, trazendo dor, desconforto, instabilidade e dificuldade para uso continuo de uma prótese. Com absoluta certeza, continuaremos encontrando muitos pacientes descontentes com suas próteses.

Considerando as importantes informações descritas acima, sugiro aos amputados e seus familiares que não escolham suas próteses por preço. 

Analisem a proposta de trabalho, a procedência dos materiais, a qualificação dos profissionais e conheça o local onde será iniciada sua reabilitação.

Informem-se previamente sobre a qualificação dos profissionais, pois, além da confecção da prótese, será necessário um acompanhamento de fisioterapeutas para treinamento de marcha e ajustes dinâmicos.

Visitem as empresas indicadas, conheça a oficina ortopédica e o local destinado a reabilitação, o qual deve no mínimo ter barras paralelas longas, rampas, escadas e espaço amplo para treinos de equilíbrio e treinamento de marcha; 

Não confundam lojas ortopédicas com centros especializados em reabilitação de amputados e não acreditem que dores, desconfortos e calosidades são necessários para maturação do coto de amputação dentro do soquete protético. 

Realmente espero cada vez mais encontrar amputados reabilitados e não reconhecê-los como usuários de próteses.


ESCRITO POR:José de Carvalho
Fisioterapia e reabilitação de amputados
ESPECIALISTA MINHA VIDA

domingo, 20 de abril de 2014

Realidade!

Esta matéria é do site http://www.minhavida.com.br e como achei bastante interessante e pertinente, então aqui está:

A realidade das protetizações em nosso país.
A deficiência não impede que o amputado perca em qualidade de vida.

Com a amputação, fica clara a necessidade de inclusão em um processo de reabilitação, onde no momento oportuno será necessário a aquisição de um dispositivo complexo chamada prótese, para que o trabalho que reabilitação física seja continuado. Neste momento alerto os leitores para não confundir a reabilitação de um amputado com a simples protetização, ou seja, reabilitar um amputado não significa somente protetiza-lo. 

Reabilitar também não significa submeter o amputado a realizar poucas trocas de passos entre barras paralelas. E quando este usuário estiver caminhando no centro de sua cidade em uma calçada bastante irregular e com a população vindo ao seu encontro? 

É utopia achar que todos os parâmetros utilizados em uma correta protetização são seguidos pelas empresas ortopédicas participantes de processos licitatórios, onde o que prevalece é o menor preço e a rapidez dos serviços. 

Também sabemos da romaria que muitos amputados fazem pelas lojas ortopédicas até encontrar próteses com preços atrativos, as quais em pouco tempo se tornam muito caras, pois acabam sendo descartadas quase sem uso. 
Lógico; os amputados não sabem avaliar os produtos adquiridos e também não são treinados para utilizá-los adequadamente, o que provavelmente resultaria em queixas dos próprios pacientes antes da entrega das mesmas.

Acredito que a única maneira de solucionar este problema é através da informação e da qualificação profissional. É inadmissível aceitar desculpas como, o coto de amputação está doendo porque ainda não calejou , talvez o senhor ainda não tenha se acostumado com a prótese , ou então, o problema é seu coto de amputação . 

Sabemos que mais de 90% das queixas relatadas pelos amputados estão relacionadas com as próprias próteses. Confeccionar um cartucho adequadamente, definir um bom alinhamento e escolher componentes mecânicos, como joelhos e pés, não podem ser realizados de forma empírica. 

Em um mundo globalizado e com uma enorme evolução tecnológica e científica, temos como obrigação proporcionar aos nossos amputados, uma grande funcionalidade através de próteses muito confortáveis, totalmente seguras e compatíveis com o perfil funcional de cada usuário. 

Dicas: 
  • Não escolha sua prótese simplesmente pelo valor. Verifique a proposta de trabalho e lembre-se que antes da entrega final da prótese, será necessária a utilização de cartuchos provisórios até a maturação do coto de amputação. 
  • Dor, desconforto e lesões no coto não são normais. Questione sobre a confecção do cartucho e/ou alinhamento da prótese.
  • Solicite treinamentos em diferentes ambientes como em pisos irregulares, rampas e escadas. 
  • Peça orientações referentes a higienização e limpeza da sua prótese.

ESCRITO POR:José de Carvalho
Fisioterapia e reabilitação de amputados
ESPECIALISTA MINHA VIDA

terça-feira, 15 de abril de 2014

Páscoa...

É ser capaz de mudar.
É partilhar a vida na esperança.

É lutar para vencer toda sorte de sofrimento.
É ajudar mais gente a ser gente.
É viver em constante libertação.
É crer na vida que vence a morte.
É dizer sim ao amor e à vida.
É investir na fraternidade.
É lutar por um mundo melhor.
É vivenciar a solidariedade.
É renascimento, é recomeço.
É uma nova chance para melhorarmos as coisas que não gostamos em nós. Para sermos mais felizes por conhecermos a nós mesmos mais um pouquinho.
É vermos que hoje…
Somos melhores do que fomos ontem.


Desejo a todos os amigos e amigas uma Feliz Páscoa, cheia de paz, amor e muita saúde!

domingo, 6 de abril de 2014

Aposentadoria

Lei Complementar nº 142/2013 que trata da aposentadoria à pessoa com deficiência filiada ao Regime Geral da Previdência Social – RGPS (administrado pelo Instituto Nacional do Seguro Social – INSS).

O ato fixa condições diferenciadas para a concessão de aposentadorias por idade e por tempo de contribuição aos segurados do RGPS. Para ter acesso ao benefício, além dos requisitos necessários, o segurado deverá passar por um processo de avaliação que se divide em três fases: administrativa, pericial e social.

A aposentadoria por tempo de contribuição levará em conta o grau de deficiência do segurado e reduzirá o tempo de contribuição, conforme o grau atestado pela perícia do INSS.

O segurado com deficiência grave poderá requerer aposentadoria aos 25 anos de tempo de contribuição, se homem, e 20 anos, se mulher. No caso de segurado com deficiência moderada, o requerimento do benefício ocorre aos 29 anos de tempo de contribuição, se homem, e 24 anos, se mulher. E, no caso do segurado com deficiência leve, é possível solicitar a aposentadoria aos 33 anos de tempo de contribuição, se homem, e 28 anos, se mulher. Ou seja, o tempo de contribuição necessário para adquirir esse tipo de benefício poderá ser reduzido em até 10 anos em relação ao período de contribuição comum, que é de 35 anos, para homens e 30, para mulheres. 

A aposentadoria por idade é direcionada aos segurados do RGPS que possuam a deficiência na data do requerimento do benefício. Eles terão de comprovar que contribuíram, na condição de deficiente, por pelo menos 15 anos concomitantemente com a deficiência. Neste caso, haverá a redução de cinco anos na idade mínima exigida para a concessão do benefício. Ou seja, o homem passa a ter direito ao completar 60 anos de idade, e a mulher, 55 anos. 

Critérios para obter o direito – Em ambas as aposentadorias, por idade e por tempo de contribuição, o segurado deve ser avaliado pelo INSS para fins da comprovação da deficiência e do grau. 

Na aposentadoria por idade os critérios para ter direito ao benefício são: 
- Ser segurado do Regime Geral da Previdência Social – RGPS; 
- Ter deficiência na data do agendamento/requerimento 
- Ter idade mínima de 60 anos, se homem, e 55 anos, se mulher; 
- Comprovar carência de 180 meses de contribuição; 

O segurado especial não terá redução da idade em cinco anos, pois já se aposenta aos 55 anos de idade, se mulher, e 60 anos de idade, se homem. 

Na aposentadoria por tempo de contribuição os critérios para ter o direito ao benefício são: 
- Ser segurado do Regime Geral da Previdência Social – RGPS; 
- Ter deficiência há pelo menos dois anos na data do pedido de agendamento; 
- Comprovar carência mínima de 180 meses de contribuição; 

Os demais períodos de tempo de contribuição, como não deficiente, se houver, serão convertidos proporcionalmente. 

O segurado especial tem direito à aposentadoria por tempo de contribuição, desde que contribua facultativamente. 

Requerimento - Para requerer o benefício, o segurado deve agendar seu atendimento pelo telefone da Previdência Social, no número 135, que funciona de segunda a sábado das 7h às 22 horas, horário de Brasília. Também poderá ser utilizado o portal da Previdência Social, no endereço www.previdencia.gov.br, no link “Agendamento de Atendimento“. 

Os agendamentos poderão ser feitos por meio da Central 135, pelo site www.previdencia.gov.br ou na Agência da Previdência Social. No entanto, os atendimentos terão início a partir do dia 3 de fevereiro de 2014, por necessidade de adequação dos sistemas e das agendas dos serviços já prestados pelo INSS. 

Vale ressaltar que o direito do segurado está garantido a partir do dia em que ele agendou o atendimento, se o indivíduo efetivamente preencher os requisitos da lei. 

Avaliações - A concessão do benefício terá três fases distintas. Após o agendamento, o segurado deverá comparecer, na data e horário marcados, para análise administrativa, que envolve a recepção dos documentos, a verificação de requisitos exigidos por lei e o cadastro do segurado. 

Finalizada a fase inicial, haverá o agendamento para a realização da perícia médica. A seguir, o segurado é encaminhado à avaliação social. Ao final das duas avaliações será avaliada a existência, ou não, da deficiência e classificado o grau como leve, moderado ou grave. 

Na avaliação médica serão considerados os aspectos funcionais físicos da deficiência, como os impedimentos nas funções e estruturas do corpo e as atividades que o segurado desempenha. A avaliação social considera as atividades desempenhadas pela pessoa no ambiente de trabalho, na casa e social. Ambas as avaliações vão atestar o grau de deficiência leve, moderada ou grave. 

Para isso, o Ministério da Previdência Social e o INSS, com participação das entidades de pessoas com deficiência, adequaram um instrumento (formulário) para ser aplicado nas avaliações da deficiência dos segurados. Esse instrumento leva em conta o grau de deficiência e como ela se aplica nas funcionalidades do trabalho desenvolvido pela pessoa, observando, também, o meio em que essa pessoa está inserida, conforme a Classificação Internacional de Funcionalidades, Incapacidade e Saúde – CIF, da Organização Mundial de Saúde. 

Por exemplo, um trabalhador cadeirante que tem seu carro adaptado e não precisa de outro meio de transporte para chegar ao trabalho, pode ter sua condição considerada diferente do que um cadeirante que precisa utilizar transporte público para se deslocar. 

Terminadas essas fases de avaliação, se o segurado tiver direito ao benefício, o pagamento do benefício será retroativo à data em que ele fez a solicitação pelo telefone 135 ou pela internet. 

A Lei Complementar nº 142 regulamenta o § 1º do art. 201 da Constituição Federal que inclui, entre as exceções para adoção de requisitos diferenciados para concessão de aposentadoria aos beneficiários do RGPS, os segurados portadores de deficiências. 

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Felicidade é assim!

"Há uma felicidade tremenda em fazer os outros felizes, apesar dos nossos próprios problemas. A dor compartilhada é metade da tristeza, mas a felicidade quando compartilhada, é dobrada."

Filme

Sugestão de Filme:

INTOCÁVEIS
Titulo original: Intouchables
França/2011




Sinópse: Philippe (François Cluzet) é um aristocrata rico que, após sofrer um grave acidente, fica tetraplégico. Precisando de um assistente, ele decide contratar Driss (Omar Sy), um jovem problemático que não tem a menor experiência em cuidar de pessoas no seu estado. Aos poucos ele aprende a função, apesar das diversas gafes que comete. Philippe, por sua vez, se afeiçoa cada vez mais a Driss por ele não tratá-lo como um pobre coitado. Aos poucos a amizade entre eles se estabele, com cada um conhecendo melhor o mundo do outro.


Trailer:


Crítica da Folha de São Paulo:

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Passe Livre

PASSE LIVRE INTERESTADUAL  

Com ele, pessoas carentes portadoras de deficiência vão poder viajar, entre os estados brasileiros, sem pagar passagem. Mais do que uma decisão do Governo Federal, o Passe Livre é um compromisso de todos nós com o respeito e a dignidade das pessoas portadoras de deficiência. Um compromisso que a sua empresa pode e deve defender, independente de ser obrigada por lei. O Passe Livre é uma pequena contribuição que se reverterá em grandes benefícios institucionais para todos os parceiros envolvidos. Participe e ajude a divulgar este benefício. É justo. É legal.

MANUAL DO BENIFICIÁRIO

Mais que um benefício criado pelo Governo Federal, o Passe Livre é uma conquista da sociedade. Um avanço que trouxe mais respeito e dignidade para o portador de deficiência.

Com o Passe Livre, você vai poder viajar por todo o país. Use e defenda o seu direito. O bom funcionamento do Passe Livre depende também da sua fiscalização. Denuncie, sempre que souber de alguma irregularidade. Faça valer a sua conquista. E boa viagem!


CONHEÇA MELHOR O PASSE LIVRE

Quem tem direito ao Passe Livre?
Pessoa com deficiência física, mental, auditiva, visual ou renal crônica comprovadamente carente.

Quem é considerado carente?
Aquele com renda familiar mensal per capita de até um salário mínimo. Para calcular a renda, faça o seguinte:

Veja quantos familiares residentes em sua casa recebem salário. Se a família tiver outros rendimentos que não o salário (lucro de atividade agrícola, pensão, aposentadoria, etc.), esses devem ser computados na renda familiar.
Some todos os valores.

Divida o resultado pelo número total de familiares, incluindo até mesmo os que não têm renda, desde que morem em sua casa.
Se o resultado for igual ou abaixo de um salário mínimo, o portador de deficiência será considerado carente.

Quais os documentos necessários para solicitar o Passe Livre?

Cópia de um documento de identificação. Pode ser um dos seguintes:
- Certidão de Nascimento;
- Certidão de Casamento;
- Certificado de Reservista;
- Carteira de Identidade;
- Carteira de Trabalho e Previdência Social;
- Título de Eleitor;
- Carteira Nacional de Habilitação.
Atestado (laudo) da Equipe Multiprofissional do Sistema Único de Saúde (SUS), comprovando a deficiência ou incapacidade do interessado.
Requerimento, acompanhado da Declaração da Composição e Renda Familiar (formulário em anexo).

COMO SOLICITAR O PASSE LIVRE?

Fazendo o download dos formulários e preenchendo-os. Uma vez preenchidos os formulários originais, assim como uma cópia de um dos documentos de identificação acima relacionados, devem ser enviados ao Ministério dos Transportes no seguinte endereço: Ministério dos Transportes, Caixa Postal 9600 - CEP 70.040-976 - Brasília (DF).

Escrevendo para o endereço, acima citado, informando o seu endereço completo para que o Ministério dos Transportes possa lhe remeter o kit do Passe Livre. Em ambos os casos, as despesas de correio serão por conta do beneficiário.

Atenção: Não aceite intermediários! Você não paga nada para solicitar o Passe Livre.

Quais os tipos de transporte que aceitam o Passe Livre?
Transporte coletivo interestadual convencional por ônibus, trem ou barco, incluindo o transporte interestadual semi-urbano. O Passe Livre do Governo Federal não vale para o transporte urbano ou intermunicipal dentro do mesmo estado, nem para viagens em ônibus executivo e leito.

Como conseguir autorização de viagem nas empresas?
Basta apresentar a carteira do Passe Livre do Governo Federal junto com a carteira de identidade nos pontos-de-venda de passagens, até três horas antes do início da viagem. As empresas são obrigadas a reservar, em cada viagem, dois assentos para atender às pessoas portadoras do Passe Livre do Governo Federal.

Se as vagas já estiverem preenchidas, a empresa tem obrigação de reservar a sua passagem em outra data ou horário. Caso você não seja atendido, procure nos principais terminais rodoviários do país as salas de apoio e fiscalização da Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT, para obter informações ou fazer reclamações, ou ainda, fale com a Ouvidoria através do telefone 166.

Passe Livre dá direito a acompanhante?
Somente nas condições em que o portador de necessidades especiais prescinda da presença do acompanhante. Este benefício é possível a partir do dia 18 de março de 2014.

Quais os documentos que o portador de necessidades especiais deverá apresentar para ter direito ao acompanhante?
Cópia de um documento de identificação do Acompanhante. Pode ser um dos seguintes:
- Certidão de Nascimento;
- Certidão de Casamento;
- Certificado de Reservista;
- Carteira de Identidade;
- Carteira de Trabalho e Previdência Social;
- Título de Eleitor;
- Carteira Nacional de Habilitação.

Deve constar no Laudo Médico do portador de necessidades especiais, declaração do mesmo médico que atestou a deficiência, caso seja imprescindível à presença de acompanhante durante a locomoção em viagem.
Requerimento específico preenchido com os dados do acompanhante, onde deverá constar além de outras informações, a renda familiar mensal. As regras para calculo da renda per capita do acompanhante são as mesmas do portador de necessidades especiais (formulário em anexo).

Quem deverá solicitar a inclusão de acompanhante no processo do portador de necessidades especiais?
O processo do Passe Livre é um programa criado para atender ao Portador de Necessidades Especiais carente, portanto, somente ele ou o responsável legal poderá solicitar a inclusão de acompanhante no processo.

Será expedida uma Credencial para o acompanhante?
Sim. No entanto, somente será expedida credencial para acompanhante, caso este atenda as exigências das normas legais e o processo do Portador de Necessidades Especiais tenha sido APROVADO.

A credencial do acompanhante somente deverá ser utilizada com a finalidade de atender o Portador de Necessidades Especiais durante a sua locomoção em viagem.

Toda e qualquer informação relacionada às pendências, aprovação ou credencial do acompanhante serão encaminhadas para o endereço do Portador de Necessidades Especiais.

Maiores informações: http://www.transportes.gov.br

sexta-feira, 28 de março de 2014

Autoestima!



INSS

Próteses, órteses e demais aparelhos ortopédicos pelo INSS

Você sabia que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é obrigado a fornecer perna mecânica, braço mecânico, cadeiras de rodas, muletas e outros tipos de próteses, órteses e demais aparelhos ortopédicos para os segurados e dependentes? A maioria desconhece o próprio direito. E o que é pior: a própria cúpula do INSS também. Isso não é novo e está na Lei nº 8.213/91, nos artigos 89 e 90, bem como no Decreto nº 3048/99. A Lei de Benefícios da Previdência Social e o Regulamento da Previdência Social preveem que o benefício é devido em caráter obrigatório, inclusive aos aposentados e para habilitá-los ou reabilitá-los não apenas profissionalmente, mas também socialmente. Recentemente, a Justiça de Franca, no interior paulista, condenou o INSS a fornecer uma perna mecânica para um segurado do INSS, que sofreu um acidente de trabalho (veja a notícia). Muitos que ingressam na Justiça para obtenção de próteses ou órteses, ao invés de solicitarem ao INSS, pedem para o Sistema Único de Saúde (SUS), cuja rede rede pública é gerida pelo Município, Estado e/ou União. Ressalta-se que além dos benefícios pagos em dinheiro, o INSS também é obrigado a prestar alguns tipos de serviços para os segurados e seus dependentes. Um desses serviços é a habilitação e a reabilitação profissional, que consiste numa espécie de (re) inserção profissional e social dos segurados e seus dependentes, vitimados por alguma lesão ou sequela. E dentro dessa linha de serviços está o fornecimento de próteses e órteses. Abre-se um parêntese para diferenciar a prótese da órtese. A prótese substitui uma parte do corpo por uma peça artificial. Ex.: perna mecânica, braço mecânico etc. Segundo os dicionários, órtese é um apoio ou dispositivo externo aplicado ao corpo para modificar os aspectos funcionais ou estruturais do sistema neuromusculoesquelético para obtenção de alguma vantagem mecânica ou ortopédica. São aparelhos ou dispositivos ortopédicos de uso provisório ou não, destinados a alinhar, prevenir ou corrigir deformidades ou melhorar a função das partes móveis do corpo. São exemplos de órteses: muletas, andadores, cadeiras de rodas, palmilha ortopédica, tutores, joelheiras, coletes, munhequeiras etc. Observa-se, portanto, que a principal diferença entre uma órtese e uma prótese reside no fato da órtese não substituir o orgão ou membro incapacitado.

Quem pode requerer: Para pedir a prótese ou órtese ao INSS é necessário que a pessoa seja segurado, isto é, contribuinte da Previdência Social através do chamado “Regime Geral da Previdência Social” (RGPS) ou estar acobertado por ela, o que exclui os servidores públicos estatutários de qualquer esfera (municipal, estadual ou federal), tendo me vista que estes contribuem para os chamados “Regimes Próprios” da Previdência Social (RPPS), geridos em geral pelos respectivos órgãos. Os dependente de segurados do RGPS, bem como os aposentados e pensionistas também têm direito. Além disso, precisa comprovar mediante laudos e/ou relatórios médicos em perícia a necessidade da prótese/órtese. Infelizmente, a solicitação não pode ser feita por agendamento eletrônico pelo PREVFone (discando 135) ou pelo site da Previdência Social, já que o sistema informatizado do INSS não dispõe dessa opção. Terá que ser feito pessoalmente nas agências. Todavia, embora o pedido possa ser realizado diretamente em qualquer agência do INSS, o cidadão vai se assustar, pois os órgãos diretores da Previdência desconhecem essa possibilidade. Certamente, isso só será possível através de uma ação na Justiça. Em caso de dúvidas, deve-se procurar a ajuda de um especialista.

quinta-feira, 27 de março de 2014

Filme

Sugestão de Filme
Título Original: 127 Hours
EUA/Reino Unido (2010)

Sinópse: 

Baseado na história real de como alpinista Aron Ralston lutou para salvar a própria vida após um acidente. Em maio de 2003, Aron (vivido por James Franco) fazia mais uma escalada nas montanhas de Utah, Estados Unidos, quando acabou ficando com seu braço preso em uma fenda. Sua luta pela sobrevivência durante mais de cinco dias (durou 127 horas) foi marcada por memórias e momentos de muita tensão. Dirigido por Danny Boyle, o longa conquistou seis indicações ao Oscar.


Crítica da Folha de São Paulo:

terça-feira, 18 de março de 2014

Natação para PCD


Aspectos téoricos da atividade aquática para deficientes

Nos últimos anos, muito se tem falado, muito se tem escrito sobre os efeitos benéficos das atividades na água para pessoa portadora de deficiência, mas na realidade, a utilização da água como elemento terapêutico, não é novo, pois de acordo com Harris (1978) apud Lépore et al (1998), já desde o tempo de Hipócretes, a água era utilizada no auxílio à reabilitação; por exemplo, os gregos e romanos já utilizavam a água corrente para a cura de doenças Moran ( 1979) apud Lépore et al (1998). Nos Estados Unidos, a atividade na água como terapia iniciou-se antes mesmo da Primeira Guerra Mundial, sendo utilizada para indivíduos com problemas reumáticos. Segundo Lépore et al (1998), Charles Lowman foi considerado o pai dos exercícios aquáticos como terapia e sistematizou a hidroterapia por volta de 1930. Após a Segunda Guerra Mundial, a água também, foi grandemente utilizada como elemento terapêutico para traumáticos e amputados, bem como para soldados com problemas psicológicos.

A natação para pessoas portadoras de deficiência é compreendida como a capacidade do indivíduo para dominar o elemento água, deslocando-se de forma independente e segura sob e sobre a água utilizando, para isto, toda sua capacidade funcional, residual e respeitando suas limitações.

A água apresenta propriedades que facilitam para o indivíduo sua locomoção sem grande esforço, pois sua propriedade de sustentação (empuxo) e eliminação quase que total da força da gravidade, podem segundo Campion (2000), “aliviar o estresse sobre as articulações que sustentam o peso do corpo, auxiliando no equilíbrio estático e dinâmico, propiciando dessa forma maior facilidade de execução de movimentos que, em terra seriam muito difíceis ou impossíveis de serem execultados”. 

Objetivos gerais 
Demostrar através de aspectos teóricos os benefícios da atividade aquática para portadores de deficiência. 

Objetivos específicos 
Apresentar de forma teórica os benefícios fisiológicos sobre os sistemas cardiovascular, respiratório e locomotor; 
Apresentar de forma teórica os benefícios psicossociais; 
Apresentar de forma teórica os benefícios cognitivos; 
Demonstrar de forma teórica os efeitos terapêuticos de atividades realizadas na água. 

Fundamentação teórica
Benefícios fisiológicos 
Segundo Campion (2000), “ quando o corpo está exposto a um estímulo frio, por exemplo, em água de temperatura fria, estes vasos se contraem, evitando que seja liberado calor interno, ao contrário, se o estímulo de calor é maior que a temperatura interna, há uma vaso dilatação para que o calor seja liberado e a temperatura se mantenha em equilíbrio. Com as mudanças constantes de temperatura interna da água este mecanismo é constantemente acionado, fazendo com que o organismo adquira uma maior resistência contra mudanças bruscas de temperatura externa, proporcionando ao indivíduo, também, maior resistência contra as doenças provocadas pelas intempéries do meio”. 

Para o mesmo autor, “ concomitantemete com a grande influência sobre os sistema de regulação térmica, a água, também, apresenta grande significado na melhoria do sistema circulatório e coração, pois a pressão e a resistência exercidas pela água sobre o corpo, juntamente com esforço exigido na execução dos movimentos agem diretamente sobre o sistema, uma vez que provoca o aumento do metabolismo, promovendo o fortalecimento da musculatura cardíaca, o aumento do volume do coração e uma consequente melhoria no sistema circulatório, já no sistema respiratório provocará o fortalecimento dos músculos respiratórios, aumento do volume máximo respiratório e consequente melhoria, também na elasticidade da caixa torácica”. 

“Em se tratando de pessoas portadoras de deficiência, juntamente com grande dificuldade de equilíbrio e desenvolvimento da marcha, as características peculiares da água como alta viscosidade, espessura, eliminação da gravidade vêm contribuir para a realização de exercícios de educação e/ou reeducação motora, proporcionando-lhes maior segurança na execução dos movimentos”. (Lépore, 1999) 

Benefícios psicossociais
Ao contrário do que muitos pensam, a natação não é uma atividade solitária e extremamente individualista. Segundo Lépore (2000), “atividades aquáticas ou aprender a nadar é também um processo de aprendizagem de socialização. Daí a necessidade do portador de deficiência aprender a galgar degrau a degrau, inicialmente, relacionando-se indivíduo-objeto para depois pessoa-pessoa e, por último, o indivíduo interagindo com o grupo. As atividades aquáticas devem propiciar ao indivíduo situações de desenvolvimento de atividades em pequenos e grandes grupos, estimulando assim as experiências corporais, a integração e o convívio social”. 

Para Campion (2000), “o aspecto psicológico, o efeito na melhoria do humor e na motivação em pessoas portadoras de deficiência é altamente significativo através da natação, além de possibilidade de descarregar as tensões psíquicas através do poder de relaxamento da água e satisfazer as necessidades de movimento”. 

Benefícios cognitivos
Os aspectos motivacionais e propriedades terapêuticas da água estimulam o desenvolvimento da aprendizagem cognitiva e o poder de concentração, pois o aprendiz busca compreender o movimento do seu próprio corpo explorando as várias formas de se movimentar, adaptando suas limitações às propriedades da água (Dulcy, 1983 apud Lépore et al 1998). De acordo com American Red Cross, 1977 apud Lépore et al 1998, muitos instrutores de atividades motoras na água têm interagidos conteúdos da aprendizagem escolar nas atividades aquáticas, reforçando desta forma o aspecto cognitivo destas crianças, por exemplo, contar viradas, mergulhar objetos de formas e cores diferentes, entre outras. 

Efeitos terapêuticos da atividade na água
Para Lépore (1999), podemos conseguir os seguintes efeitos obtidos com exercícios terapêuticos da água, considerando os vários tipos de deficiências, tais como: 
Diminuição de espasmos e relaxamento muscular; 
Alívio da dor muscular e articular; 
Manutenção ou aumento da amplitude do movimento articular; 
Fortalecimento e aumento da resistência muscular localizada; 
Melhoria circulatória e na elasticidade da pele; 
Melhoria no equilíbrio estático e dinâmico; 
Relaxamento dos órgãos de sustentação (coluna vertebral) 
Melhoria da postura; 
Melhoria da orientação espaço-temporal.


Fonte: http://beneficiosnatacao.blogspot.com.br

terça-feira, 11 de março de 2014

Natação

Após quase dois anos do meu acidente, de nove meses da minha amputação, voltei pra piscina. Meu conselho a todos que podem, que gostam, que querem praticar um esporte depois de amputado, eu diria,  vá pra piscina, faça natação ou hidroginástica. 

Tive três internações longas e algumas mais curtas, totalizando trezentos e nove  dias internado e com isso, é impossível não engordar. Engordei quinze quilos e depois disso comecei a pensar como iria fazer para perder esses quilos a mais. Ainda não estou protetizado, o que fica um pouco mais difícil perder peso e encontrar uma atividade física.

Então como já sabia e gostava de nadar, resolvi voltar para piscina. Hoje faz duas semanas que estou nadando, já estou conseguindo fazer mil metros por dia e já perdi dois quilos.

Eu acredito que quando nos vemos com um membro amputado, nossa "autoestima" fica um pouco abalada; imagina então além de amputado, também engordar. Por isso que na minha opinião, temos que trabalhar sempre nossa autoestima. 

Outra questão quanto a fazer natação ou qualquer outra atividade física, é o nosso receio. Antes de tentarmos, fica um certo receio se vamos conseguir ou não, existe um certo constrangimento, uma preocupação em não deixar os outros constrangidos ou pouco a vontade (eu pelo menos tinha essa preocupação), e até mesmo o receio de sermos vítimas de preconceitos.

Mas eu falo por experiência própria: "NÃO DEIXEM DE FAZER QUALQUER COISA QUE FOR NA VIDA, PENSANDO COMO VÃO TE OLHAR, COMO VÃO TE TRATAR, O QUE VÃO PENSAR, IMAGINANDO SE VÃO TE ACEITAR, SE VÃO TE RECEBER BEM OU NÃO".

A vida é sua e só você pode fazer algo por você mesmo; seja algo bom ou ruim. Então, não perca tempo, faça algo bom por você.

Não fique se lamentando. De nada adianta ficar deprimido. Costumo brincar com os outros, dizendo: "...do que adianta ficar deprimido, se a nossa perna não é como rabo de lagartixa, NÃO ADIANTA, não vai crescer novamente..."

Ser feliz é um "estado de espírito", não depende dos outros, só depende de nós. 

Então, SEJA FELIZ, PERMITA-SE SER FELIZ!


Meus agradecimentos a Academia Splash Fitness - Blumenau SC, que permitiu a filmagem e a instrutora Vanessa que gentilmente fez o vídeo. Muito obrigado!

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Adversidades.

DICAS PARA SUPERAR AS ADVERSIDADES DA VIDA!

Quer queiramos ou não, a adversidade faz parte da vida. Superar as adversidades é um dos maiores obstáculos que enfrentamos. Os problemas, sejam grandes ou pequenos apresentam-se a nós durante toda a nossa existência. Independentemente de quão animado, inteligente, ou contente estejamos no momento, independentemente de a vida nos correr às mil maravilhas, inesperadamente todos nós algumas vezes somos confrontados com problemas, lutas, desafios, dificuldades. É como se fossemos postos à prova, para vermos de que fibra somos feitos, como é que conseguimos enfrentar algumas situações catastróficas e angustiantes. Não pretendo passar a mensagem que quanto mais adversidade melhor, nem sou apologista de que o sofrimento é algo de bom. Não, o sofrimento incapacitante não é benéfico. Ainda assim, não invalida que pensamos nele como uma realidade que acontece na vida de cada um de nós, certamente em número e intensidade diferentes de pessoa para pessoa. Quando acontece, aceitá-lo é uma parte da estratégia para nos livrarmos de mais sofrimento. Aceitá-lo pode constituir uma forma de nos reestruturarmos e seguirmos em frente.

Conforme Havelock Ellis escreveu: “A dor e a morte são parte da vida. Rejeitá-las é rejeitar a própria vida.”

Na verdade, graças a Deus pela adversidade! Aprender a lidar e superar as adversidades, é o que nos faz ser quem somos. Cada desafio, a cada dificuldade que enfrentamos com êxito na vida serve para fortalecer a nossa força de vontade, confiança e capacidade de vencer os obstáculos futuros.

Heródoto, filósofo grego, disse: “A adversidade tem o efeito de atrair a força e as qualidades de um homem que as teria adormecido na sua ausência.”

Quando você responder de forma positiva e construtiva aos seus maiores desafios, as qualidades as forças e virtudes como, coragem, caráter, combatividade, esperança e perseverança emergem lá de dentro. É claro que, dado que somos humanos, é muito fácil cairmos na auto-piedade, na injustiça da vida, ou na armadilha do “porquê eu?”. Quando fazemos isso, deixamos de reconhecer as oportunidades de sabedoria e de crescimento que acompanham a adversidade. No entanto, assim que conseguimos ou nos permitimos pensar mais claramente, que somos capazes de deixar a vitimização auto-destrutiva e pensamentos improdutivos, também ficamos mais capacitados  para lidar com o que está diante de nós.

1. Esteja atento, e aceite que a adversidade é inevitável na vida. Como já foi referido, a adversidade faz parte da vida. Uma vez que nos aconteça algum infortúnio, não o aceitar ou resistir-lhe só vai fazer com que persista. Não quero dizer com isto, que sejamos passivos ou complacentes com a adversidade e que ao aceitá-la nada façamos para minimizar ou recuperar dela. Não é nada disso, o que quero dizer é que aceitar é um caminho para se desprender e reestruturar-se. É uma forma viável de procurar caminhos alternativos e seguir em frente. Onde quer que possamos ir existe certamente alguma forma de adversidade, mesmo que não seja a nossa. Há inundações, tsunamis, guerras e calamidades de todos os tipos. Mesmo dentro do seu próprio círculo de familiares e amigos há perda, morte e tragédia. Embora a dor seja inevitável, o sofrimento exacerbado é opcional. Tal, como por contraste a felicidade é possível mas é opcional. Então o que podemos fazer?


2. Construa os seus recursos internos. Antes que a adversidade o atinja, deve propor-se a trabalhar no seu equilíbrio emocional, deve fortalecer a sua musculatura emocional, coragem e disciplina. Quando você se torna consciente de que algumas dificuldades são inevitáveis, você pode preparar-se mentalmente para enfrentar as adversidades de cabeça erguida. Não será muito diferente do sentimento de um soldado que vai para a guerra. Ele (ou ela) prepara-se física e mentalmente para qualquer possibilidade. O militar sabe que pode ser desastroso, assustador, e esgotante, mas ele sente-se preparado e equipado com um conjunto de estratégias que lhe permitem enfrentar a situação com coragem. Na maioria das vezes, quando você está preparado para o pior, o pior nunca acontece, ou é muito menos grave do que o previsto.

Atenção, não estou dizendo que nos devemos movimentar na vida sempre em alerta, a ver onde está o perigo ou com o sentimento de que estamos na eminência de nos acontecer algo de ruim. Não, isso não é benéfico, pelo contrário, pode ser contraproducente. Mas tal como um médico, enfermeiro, bombeiro, ou paramédico, ou você mesmo se prepara com um curso de primeiros socorros para agir em consonância quando for necessário salvar um vida em aflição eminente, assim deveremos fazer nós. A preparação para reagir, para agir e saber como atuar em situações difíceis, é como um Kit de Primeiros Socorros para quando o “azar” nos bater à porta. Se tivermos e soubermos usar, certamente evitaremos danos maiores.

Outro recurso valioso é a auto-confiança. A Confiança que tudo vai dar certo, a esperança que sempre há uma luz no fim do túnel, e esperança que “este infortúnio também passará.” Tudo na vida tem o seu lugar e propósito, cabe-nos a nós fazer essa gestão.

3. Construa os seus recursos externos. Construa um sistema de apoio baseado na família e nos amigos. Quando as coisas ficam difíceis, todos nós precisamos de encorajamento e apoio. Precisamos de alguém com quem conversar, alguém para ajudar a aliviar o fardo. Você ficaria surpreso ao descobrir quantas vezes um amigo teve uma experiência semelhante e pode ajudar a guiá-lo no momento difícil. O facto de saber que um amigo está lá quando você precisa dele, pode ser muito reconfortante. Se a sua condição perante a adversidade não for ultrapassada e gerar problemas psicológicos como a depressão ou ansiedade, não hesite em procurar ajuda profissional, seja através de uma consulta de psicologia ou de um grupo de suporte específico, como por exemplo determinados grupos de ajuda.

4.  Aquilo que não mata nem sempre faz você mais forte. Desculpe Nietzsche, mas não posso concordar integralmente na afirmação, “o que não nos mata torna-nos mais fortes“, ela não é completamente realista. Por exemplo, se você não tiver construído e desenvolvido determinados tipo de resistência ou experiência suficientes para lidar com a dificuldade, a adversidade pode esmagá-lo. Por outro lado, se você tem resistência suficiente, se desenvolveu e trabalhou determinadas forças, então na verdade isso vai fazer você ficar mais forte. Como assim, você pergunta? A Resiliência como qualquer músculo no nosso corpo é construída gradualmente e exponencialmente com a exposição repetida aos obstáculos e às forças externas. Não necessariamente, se você não tem prática no enfrentamento dos obstáculos (como quando você escolhe evitá-los), se você decidir ainda assim propor-se ao desafio de tentar, a coisa certamente correrá mal, um evento traumático pode derrubá-lo. Como tudo na vida, a preparação é amiga da eficácia e do sucesso. Sem preparação o fracasso é uma possibilidade muito forte.

Para sublinhar este ponto, as pesquisas de desenvolvimento tem mostrado que crianças traumatizadas são mais, e não menos, prováveis de virem a sofrer novamente de algum tipo de trauma ou consequência negativa. Da mesma forma, aqueles que crescem em bairros difíceis têm uma propensão para o desequilíbrio emocional, tornam mais susceptíveis perante a adversidade, não se tornam mais resilientes, e são mais propensos a debater-se na vida.

5. Inspire-se e aprenda com os outros que têm que lidar com o sucesso e com a adversidade. Há muitas histórias inspiradoras de pessoas que superaram obstáculos aparentemente intransponíveis. Eles triunfaram sobre as suas adversidades para viver uma vida produtiva e bem-sucedida, em vez de se renderem a elas. Para aprofundar este tema, leia: Porque razão desistimos dos nossos objetivos.

Não quero com isto dizer que ao ver, ler ou assistir aos feitos dos outros os seus problemas ficam resolvidos, ou que isso diminuirá a dor ou o sentimento que tem. Provavelmente não, e essa não é a minha intenção. No entanto, ao tomar consciência das estratégias e formas que essas pessoas accionaram e/ou utilizaram para fazer face aos seus problemas ou para ir ao encontro dos seus sonhos e objetivos, pode promover e estimular em si uma mudança de perspetiva face à sua situação. Este mudança de perspetiva pode ser promotora para descobrir novos caminhos para a resolução da situação difícil em que se encontra.


ALGUNS EXEMPLOS DE PESSOAS QUE ULTRAPASSARAM ADVERSIDADES NA SUA VIDA:

Helen Keller: Perdeu a visão e a audição devido a uma febre misteriosa quando tinha apenas 18 meses de idade. Ela superou a surdez e a cegueira, tornou-se numa mulher forte e com formação e promoveu os direitos das mulheres.

Winston Churchill: Superou um problema de gaguez e fraco desempenho na escola, para se tornar primeiro-ministro do Reino Unido e um dos mais influentes líderes políticos do século XX. Ele também era conhecido pelos seus discursos poderosos e empolgantes.

Wilma Rudolph: Nasceu prematuramente, foi a vigésima de vinte e dois filhos. Ela superou uma pneumonia dupla, escarlatina e poliomielite para se tornar vencedora de três medalhas de ouro em pista nos Jogos Olímpicos de Roma em 1960.

Lance Armstrong: Superou o cancro nos testículos que se espalhou para o cérebro e pulmões (foi-lhe dito que ele tinha uma chance de apenas 40% de sobrevivência) para voltar e ganhar o Tour de France mais sete vezes!

J.K. Rowling: Nasceu numa família pobre, saiu de um péssimo casamento com um bebê e a viver da ajuda do governo, escreveu o seu primeiro livro de Harry Potter e foi rejeitado pela maioria dos editores até Bloomsbury Publishing acreditar no seu valor. Preciso dizer mais?

A determinação, superação e persistência permitiu que todas estas grandes pessoas ultrapassassem as suas adversidades e fossem bem sucedidos. Se eles conseguiram fazer isso, certamente o resto de nós pode invocar a força e a coragem para pelo menos tentar superar as nossas adversidades! Se depois seremos bem sucedidos ou não? Bem essa é uma pergunta que nem eu nem você, neste momento consegue responder.

PONTOS A RETER:
Os tempos difíceis que acontecem na nossa vida, podem ajudar-nos a compreender e a apreciar os momentos em que as coisas nos correm bem.
Olhe para as oportunidades de aprendizagem que todas as situações adversas contêm.
Decida se você vai permitir que a sua experiência o deite a baixo. Dependendo da forma como você interpreta a situação, acha que a poderia olhar de uma outra forma, de preferência mais capacitadora.
Esteja preparado para aceitar o pior, quando ele ocorrer. Quando se prepara mentalmente para o pior, isso raramente acontece, e se isso acontecer, parece menos catastrófico, porque você está melhor equipado para lidar com isso.
Cultive a coragem, auto-confiança e superação. Quanto mais dessas qualidades você conseguir reunir, menor será o impacto da adversidade.
Lembre-se que a adversidade faz parte da vida. Aceitar as adversidades, ajuda a superá-las.

Superar as adversidades é um dos nossos principais desafios na vida. Quando resolvemos enfrentar e superar, tornamo-nos especialistas em lidar com ela e, consequentemente, promovemos o triunfo sobre as nossas lutas do dia-a-dia.

Por Miguel Lucas em Psicologia Comportamental
Licenciado em Psicologia, exerce em clínica privada. É também preparador mental de atletas e equipas desportivas, treinador de atletismo e formador na área do rendimento desportivo.